Travessia do Sicó

FOTOS
Primeira parte
Dia 25/05/2009 recebi uma sms por parte dos Roda Pedaleira a convidar para o evento em questão, após o contacto com alguns atletas amigos desafiei o Paulo Gil, no dia 2 de Junho confirmei a presença dos dois.
Dia 6 de Junho, horas 07:25, acordar, lavar a cara, preparar a mala, bicicleta na carrinha.
08:00 Cadima apanhar os tremoceiros Albino, Tony, Hélder, Ricardo e o bike4nyc8 que por empréstimo nesta Travessia foi Bikesurfer Paulo Gil e uma caixa de pães com chouriço.
09:19 Condeixa ponto de partida e de encontro com o resto do grupo que ia concretizar esta travessia.
Após um pequeno briefing deu-se o arranque para a minha primeira Travessia do Sicó.
De Condeixa até ao Rabaçal foi sempre a rolar uma espécie de aquecimento para os 1200 mts de acumulados num circuito de 62 km onde a ritmo de passeio um único grupo de 40 atletas movimentava-se por montes e vales onde todos esperavam por todos, três reabastecimentos foram a mote de paragem neste primeiro dia, com uma subida ao primeiro parque de eólicas onde abrigados num telheiro feito pela comissão de festas da localidade, e abençoados por uma vista deslumbrante e uma capela. Descemos do monte onde mais uns kms cheios de segredos e tesouros vivemos momentos únicos o S. Pedro foi ingrato e decidiu fustigar estes heróis de lendas gregas com o mau tempo durante a travessia mas não nos fez demover, por entre pedras escorregadias e subidas íngremes apenas fortaleceram o espírito de grupo e amizade.
No final do dia chegamos aos balneários cedidos pela junta da Freguesia de Santiago da Guarda C. M. de Ansião, um banho de água quente que nos fez renascer para a noite que se adivinhava.
Banho tomado, uns na camioneta outros de bicicleta fomos para o Miradouro do Outeiro onde já se preparava tudo para a noite, entre a azáfama dos preparativos para levantar o acampamento ultimava-se o jantar e montava-se a tenda para dormir.
Com uma logística bastante impressionante, tinham tudo preparado até para ver o jogo Portugal - Albânia, que com a envolvência em questão foi grandioso, após um roer compulsivo de unhas lá nos deram uma alegria e trouxeram uma vitória lusitana.
O S. Pedro esse grande brincalhão, grande fã de BTT que nos dá a lama de todos os dias, deu-nos uma noite pelo menos até á hora de eu me ir deitar descansada de chuva, o que deu para me preparar para o outro dia mas isso, isso já é uma outra história...


Segunda parte
…. Dia 7 domingo hora aproximada 07:30 alvorada desmontar tenda ajudar a limpar a zona.
Após uma noite digamos estranha porque primeiro não estava muito habituado a estas questões de acampar mas tudo se resolveu mais pedra menos pedra lá consegui dois dedos de sono, como o Paulo Gil só iria fazer um dia acabou por ser rendido pelo Marco (Tremoceiro).
Às 09:00 arrancamos para mais um segundo dia desta vez para além da altimetria e dos km que iriam deixar mossa, o cansaço também já se fazia notar, já não havia halibut que me valesse.
Às 09:10 mais coisa menos coisa, dá-se um acontecimento menos feliz uma queda numa descida bastante acentuada, com alguma gravidade, só espero que o companheiro já se encontre bem. Queda aparte lá começamos a rolar primeiro por estradões para aquecer passando por mais uns bonitos single traks preparando-nos para o grande final, mais uma vez o S.Pedro deu ar de alguma graça e lá apanhamos com mais alguma chuva, e antes de mais um ataque a mais um parque de eólicas ainda tivemos tempo para mais três reabastecimentos com as forças devidamente retemperadas lá atacámos as eólicas que, segundo a organização pelo lado mais acessível, digamos que fiquei com alguma curiosidade em conhecer o mais difícil, com a épica subida feita, tínhamos que descer para regressar a Condeixa, e aí a organização encaminhou-nos para uma descida muito rápida onde vários membros que aguavam por ela demonstraram os dotes em cima dela neste trajecto final pode conhecer o vale das buracas, e o cemitério de pedras, paisagens muito sui generis daquela zona, que deixaram a sua marca na retina dos participantes, depois desta bonita surpresa rumámos em direcção a casa, com mais umas subidas pelo meio mais uma descida bem alucinante em que o kit de unhas me abandonou logo ao 2º drop digo-vos que ela punha muito respeito, só estando lá para ver tanto a descida como o a vontade em que eles desciam em cima dela. Abandonados os momentos de loucura rumamos em direcção a Conímbriga que iria ser o grande final, onde na companhia dos participantes e respectivas famílias esperava-nos um almoço convívio onde se fez a entrega da t-shirt alusiva ao evento. Almoço tomado despedidas feitas foi rumar a Condeixa para regressar a casa com a sensação do dever cumprido, e já com saudades dos momentos passados.
Em título de conclusão quero primeiro agradecer aos tremoceiros Albino, Tony, Helder e Ricardo a paciência que tiveram comigo e por me darem guarida, ao Paulo Gil por ter sido a minha companhia no primeiro dia, e ao Marco Tremoceiro por me incentivar a cair nestas aventuras, e em segundo queria agradecer aos Roda Pedaleira pelo convite feito e pela oportunidade que me deram de poder participar nesta travessia, em terceiro e sem nomear nomes agradecer a todos os quanto me receberam de braços abertos e me fizeram sentir em casa só posso dizer que “ RODA PEDALEIRA RULS”.
Deixo-vos com estas pequenas linhas em que deixo o meu testemunho mas sinto-me incapaz de escrever tudo, porque há sensações essas que só podem ser vividas, e essas serão só minhas fica também o desejo de voltar para o ano caso o convite seja feito, é um acontecimento e uma camaradagem única.


Até uma próxima
João Paulo (Bola7)